Cuba produz vacina contra o câncer

Mais de 4 mil pessoas já foram curada pela vacina CimaVax EGF

De acordo com o jornal oficial Trabajadores, mais de mil pacientes já estão em tratamento com a vacina nomeada CimaVax EGF, fabricada por Cuba, que age satisfatoriamente contra o câncer de pulmão avançado. A vacina é baseada em uma proteína que temos, que está relacionada com os processos de proliferação celular. A responsável pelo projeto, Gisela González, do Centro de imunologia Molecular (CIM) de Havana, explicou que a vacina oferece a possibilidade de transformar o câncer avançado em uma “doença crônica controlável”.

Segundo explica Gisela a CimaVax EGF é o resultado de mais de 15 anos de pesquisa  direcionada ao tumor e não provoca efeitos adversos severos.

“O organismo tolera aquilo que é seu e reage contra o estranho. E foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa proteína, que já é própria do organismo”, explicou Gisela.

A aplicação da vacina é feita no mento em que o paciente conclui o tratamento com a radioterapia e quimioterapia. Ela ajuda a controlar o crescimento do tumor sem causar toxicidade – explica a pesquisadora; e, pode ser utilizado como um tratamento crônico que aumenta as expectativas e a qualidade de vida do paciente”. Ainda conforme a pesquisadora, após alcançar o registro em Cuba, o CimaVax EGF “progride” em outros países. O segundo passo agora é utilizar a mesma vacina em outros tumores como próstata, útero e mamas.

Americanos testam a vacina Cubana – Na verdade essa aproximação – e parceria, por assim dizer -, até pouco tempo era uma “missão impossível”, dada a determinação histórica e declarada como “inimigos”. No entanto, essa novidade abre um precedente que abre portas, inclusive em outros setores. Enfim, os veleiros  de Key West, na Flórida, deslizaram pelas águas cristalinas do atlântico, para vencer os 170 quilômetros de distância até Havana, capital de Cuba – sob o comando do experiente George Bellenger, o organizador da regata -, para registrar um marco na história.

“Foi a primeira vez em mais de 50 anos que todas as autorizações legais para o evento foram emitidas, até a minha mãe autorizou essa viagem”, disse Bellenger.

Nessa interatividade, a orquestra do estado americano de Minessota passou o fim de semana na ilha, e os músicos se apresentaram no Teatro Nacional de Havana. E, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, já havia levado a Cuba cerca de 20 empresários dos setores de aviação, alimentos, cartões de crédito e indústria farmacêutica. Enfim, se vê que o intercâmbio ultrapassou a esfera do cultural para o empresarial, importante é que esse começo seja promissor em todos os sentidos, inclusive para propiciar – através da vacina – o bem estar de muitos que sofrem em todo o mundo com o mal do câncer.

Ressalvas – Embora a notícia tenha se espalhado por órgãos oficiais e noticiado pelos principais meios de comunicação como: Globo, Folha, R7, Uol, Exame e outros, há uma ressalva quanto a eficácia plena, fato que é natural, uma vez que a notícia é recente. O Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, havia comentado sobre o desenvolvimento da vacina e sua respectiva eficácia, onde não atribuía uma cura plena, mas, um resultado de atividade limitado. Enfim, graças aos pesquisadores o país que exposta todos os anos US$ 247 milhões de tabaco – que é um dos agentes causadores, cerca de 90% dos casos estão relacionados ao uso do tabaco – entra no palco do destaque como pioneiro na imunoterapia contra o câncer do pulmão.

Ressalta-se que a notícia mostra o alto potencial de Cuba em relação ao desenvolvimento de pesquisa médica – conta com reduzida fração de recursos para respectivo fim -, e desenvolvimento de software relacionado – já que foi um desses software que automatiza o mapeamento cerebral que proporcionou a drástica redução de custo no desenvolvimento da pesquisa. Conclusão: ponto para Cuba.

Cesar Augusto Alves de Lima