Depois de começar pior, o Brasil equilibrou as ações e criou mais chances de gol do que o México no primeiro tempo, mas só conseguiu abrir o marcador no início da etapa final, com Neymar. O time brasileiro entrou em campo no esquema predileto de Tite, o 4-2-3-1 que ora se transforma num 4-1-4-1 e ora se defende com duas linhas de quatro, na mesma escalação da vitória sobre a Sérvia.
Com Filipe Luís no lugar de Marcelo, que ainda se recupera da contusão lombar que sofreu na última partida, a seleção brasileira perdeu no apoio ao ataque pela lateral esquerda, mas ganhou poder de contenção. Na outra lateral, Fagner seguiu na vaga de Danilo, que não está 100% em condições de jogo.
Adepto de rodízio de atletas e mudanças de esquemas táticos, o treinador colombiano Juan Carlos Osorio voltou a escalar o México num 4-3-3 de velocidade e intensidade, com o veterano zagueiro Rafa Márquez improvisado como volante para ser o homem de sobra da zaga.
O jogo começou em alta velocidade, com um chute perigoso para cada equipe nos primeiros quatro minutos. Inseguro, Alisson rebateu mal uma bola na primeira chegada mexicana. Pouco depois, saiu errado e trombou com Chicharito Hernández. Por sorte, o atacante do México estava impedido.
Sem conseguir construir jogadas de ataque efetivas, o Brasil dava espaços pela direita, onde Fagner deixava muita brechas para o avanço de Lozano e Guardado. Aos 24 minutos, Neymar, que estava apagado, finalmente entrou no jogo. O craque do PSG recebeu a bola na ponta esquerda, driblou Álvarez e chutou, mas Ochoa fechou bem o ângulo e defendeu. Animado, a seleção pressionou e chegou perto de marcar com Gabriel Jesus e Philippe Coutinho.
Em seguida, Jesus fintou dentro da área e bateu para o gol. No rebote, Coutinho não conseguiu completar. Mas o Brasil crescia em volume de jogo e segurava melhor as investidas mexicanas, apesar da marcação frouxa no campo de ataque.
Descontente com a atuação do México na primeira etapa, Osorio aproveitou o intervalo para tirar Rafa Márquez e colocar o ponta Layún, adiantando seu time. A mudança deixou o Brasil mais à vontade, e Coutinho deu chute forte para boa defesa de Ochoa logo aos dois minutos do segundo tempo.
Aos cinco, Neymar resolveu jogar e fez a diferença. O camisa 10 pegou a bola na meia-lua mexicana, tocou de calcanhar para William e avançou. O meia-atacante do Chelsea arrancou e cruzou rasteiro para o gol do craque brasileiro.
Com espaços, o Brasil cresceu na partida. Em boa jogada pela direita, William rolou para Fagner, que cruzou para ótimo chute colocado de Paulinho, mas Ochoa fez grande defesa. Melhor em campo, William tabelou com Jesus no meio campo, arrancou até o ataque e o segundo gol brasileiro quase saiu dos pés de Neymar, que chutou de esquerda rente à trave.
Minutos mais tarde, Neymar estava caído fora do campo e levou um pisão de Layún no tornozelo. As câmeras comprovoram a agressão, mas o árbitro preferiu não consultar o VAR. Aos 41, Tite colocou Roberto Firmino no lugar de Coutinho, que não conseguiu repertir as ótimas atuações da primeira fase.
E o resultado foi o segundo gol brasileiro. Depois de passe rasteiro em profundidade de Fernandinho, Neymar carregou a bola e tentou deslocar Ochoa com um toque de bico. A bola resvalou no goleiro mexicano e sobrou para Firmino, que, bem colocado, tocou para o fundo da rede.
Apesar de ter menos posse de bola, o Brasil jogou com calma, segurança e efetividade. No final, foram dez finalizações a gol da seleção brasileira, contra apenas um chute no alvo dos mexicanos. Preocupado em jogar futebol, Neymar desequilibrou e foi o principal nome do time, ao lado de William. Nas quartar de final, o Brasil enfrenta o vencedor de Bélgica x Japão. Fonte: extra.globo
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