Caminhar, dançar, suar. Vamos lá? Atividade eleva expectativa de vida e afasta depressão

Não é de hoje que praticar atividades físicas traz benefícios ao corpo e à mente. O segredo para a longevidade está relacionado a hábitos saudáveis, capazes de prevenir doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão arterial, osteoporose, colesterol, depressão e controlar o diabetes. Em nome da vitalidade, idosos têm procurado ambientes dedicados ao lazer e ao esporte para fortalecer a qualidade de vida. Com este lema atua o grupo Vida Loty, que oferece há nove anos programação diária aos moradores de bairros adjacentes.

Em Itanhaém, o grupo atende mais de 100 idosos em sua sede na região do Loty. São oferecidas aulas de zumba, yoga, alongamento, aeróbica adaptada, dança cigana, canto coral e caminhada, em uma programação diária orientada por profissionais da área. “O nosso papel é importante na vida destas pessoas porque trabalhamos a questão da saúde e também da autoestima. É um ambiente amistoso, excelente para fazer novas amizades”, conta a idealizadora e também fundadora do Grupo Vida Loty, Antônia Alves Damaceno Nascimento, de 78 anos.

No grupo, “Vida” é uma sigla com significado especial e quer dizer: Viver Intensamente Doando Amor. As palavras fazem todo o sentido na rotina da aposentada da Cleide Boeno, 73 anos, que viu sua vida mudar radicalmente desde que começou a participar da programação. “O médico me disse que eu teria que usar bengala. Por um tempo, eu a usei. Porém, com as atividades oferecidas no local, não demorei a largá-la. Até diminui os remédios que antes tomava com mais frequência. O legal é que até o relacionamento em casa mudou. Estou mais calma com o meu neto, ele está mais perto de mim”, relata aos risos.

Praticar atividades é importante para todos os públicos, principalmente para quem está na terceira idade para fortalecer a musculatura. Para aquelas pessoas que não têm costume de se exercitar, é necessário haver limitações. “Aos iniciantes, é essencial que comecem com caminhadas diárias de, no máximo, 30 minutos. Os movimentos bruscos precisam ser cautelosos e sempre com a orientação de um profissional da área”, conta o educador físico e também professor de badminton da rede municipal de ensino, Diego Jabois.