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Governo do Estado bloqueia mais de R$ 227 milhões em convênios para a saúde no litoral de SP

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O Governo do Estado de São Paulo cancelou mais de R$ 227 milhões em convênios na área da Saúde para cinco cidades do litoral de São Paulo. Santos, São Vicente, Praia Grande, Peruíbe e Iguape deixarão de receber recursos para a manutenção de unidades de saúde e custeio de equipamentos. O Hospital dos Estivadores e o Hospital Municipal de São Vicente, dois grandes locais de atendimento ao público na região, serão afetados.

A decisão foi divulgada no Diário Oficial do Estado, nesta sexta-feira (1º) p.p. O decreto é assinado pelo titular da pasta, José Henrique Germann Ferreira, que justifica a decisão pela “ausência de prévia reserva de recursos orçamentários e financeiros”, além da necessidade racionalizar e otimizar recursos disponíveis.

A decisão contempla tanto o valor dos convênios que começariam a ser disponibilizados como também àqueles que referentes a parcelas de contratos que estão em andamento. Os municípios terão que prestar contas do uso das parcelas já disponibilizadas e restituir o que não foi utilizado.

São Vicente

Entre os municípios mais afetados, São Vicente é o que lidera a lista. Ao todo, foram R$ 126.863.339 milhões bloqueados que seriam destinados a quatro convênios. Um deles, de mais de R$ 22 milhões, R$ 19 milhões foram bloqueados. O valor seria utilizado para a aquisição de insumos e acessórios hospitalares.

Os outros três convênios eram destinados para a reforma e ampliação do Hospital Municipal de São Vicente (R$ 42 milhões, sendo R$ 39 milhões bloqueados); custeio da gestão de serviços de saúde do Hospital Municipal (R$ 60 milhões bloqueados), e o custeio de gestão de serviços do Hospital Dr. Olavo Horneaux de Moura, na Área Continental (R$ 7,2 milhões bloqueados).

A prefeitura informou que os contratos e convênios, assim como questões orçamentárias, foram respeitadas e feitas dentro da legalidade. A administração reitera que buscará diálogo com o governador e a Casa Civil, e não descarta tomar providências cabíveis para garantir os direitos dos vicentinos.

Santos

Santos aparece logo em seguida, com R$ 99.757.847 milhões cortados. O montante fazia parte do convênio de R$ 113,7 milhões, firmado em 11 de dezembro de 2018. Único convênio, ele destinava toda a verba para o funcionamento do Hospital dos Estivadores ao longo do ano de 2019.

A Prefeitura de Santos informou que o convênio cancelado pelo Governo do Estado é referente aos investimentos no Complexo Hospitalar dos Estivadores e o tema será discutido entre o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Saúde e o secretário Estadual de Saúde, em reunião na terça-feira (5).

Peruíbe

Dois convênios também foram cancelados em Peruíbe. O primeiro, de R$ 200 mil, era voltado para o custeio da prestação de serviços médicos da Cidade. O segundo, de R$ 100 mil, seria destinado a aquisição de um veículo. Ambos eram oriundos de emendas parlamentares.

Praia Grande

Apenas um convênio foi cancelado em Praia Grande. No valor de R$ 50 mil, também como verba parlamentar, ele seria destinado para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade, para uso diverso. O convênio foi firmado em 26 de dezembro de 2018.

Iguape

Iguape apareceu na lista do Governo do Estado com dois convênios cancelados. O primeiro, no valor de R$ 950 mil, foi firmado em 2 de julho de 2018 e era voltado para a aquisição de uma ambulância e o custeio de serviços de saúde. Deste valor, R$ 150 mil foram bloqueados.

O outro convênio, de R$ 200 mil, foi firmado em 4 de dezembro do último ano. A verba seria para a aquisição de equipamentos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade.

Estado

Em nota a Secretaria de Estado da Saúde diz ter feito um estudo detalhado de convênios firmados durante a gestão anterior, e verificou que o limite orçamentário para pagamento em 2019 não foi respeitado – e, por não haver garantia financeira, eles foram cancelados.

A medida também inclui acordos que já tiveram pagamentos iniciais liberados pela administração anterior. Segundo a pasta, os acordos cancelados serão revistos de maneira estritamente técnica, e rediscutidos sob total transparência com as prefeituras de conforme a realidade orçamentária do Estado.

Fonte: G1 Santos e Região

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