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Vacina da febre amarela: principais efeitos adversos

SP - FEBRE AMARELA/BRASIL - GERAL - Vacina contra a febre amarela para ser aplicada na população em posto de saúde na cidade de São José dos Campos (SP), nesta terça-feira, 31. A epidemia de febre amarela que atinge o Brasil já supera em 40% a pior marca registrada da doença desde os anos 1980. Boletim divulgado indica haver 117 casos confirmados da infecção, com 46 mortes. Em 1993, o pior ano da série histórica, foram 83 registros da doença. O número, no entanto, pode ser bem maior do que o revelado na estatística atual. Há ainda 623 casos em investigação pelas autoridades sanitárias-o equivalente a 80% do total de registros. 31/01/2017 - Foto: LUCAS LACAZ RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO

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Milhares de pessoas – dentre as quais idosos e crianças pequenas – chegam de madrugada para pegar uma senha e um lugar nas filas intermináveis para receber a vacina da febre amarela. Ficam horas sem ir ao banheiro, protegendo-se como podem do Sol ou da chuva, alguns sentados em banquinhos improvisados, esperando a sua vez de levar a picada da agulha que protege contra a picada do mosquito contaminado.

A febre amarela pode matar. Aproximadamente 15% das pessoas acometidas desenvolve quadros graves. Nestes, a letalidade pode chegar a 50%. Não dá para ignorar. A vacina é mesmo necessária nas áreas consideradas de risco. No Brasil, a área de risco está aumentando. Recentemente a Organização Mundial de Saúde considerou todo o Estado de São Paulo como área de risco. Poucas são as regiões deste país onde não há risco.

Não há dúvida de que a vacinação – que garante 98% de proteção – é importante e necessária. Tudo certo.

Porém, a vacina também pode dar efeitos adversos, que vão desde dor no local da aplicação, febre, mal-estar, dor de cabeça ou dor no corpo até reações mais graves e fatais.

Importante saber que as reações mais graves são raras. Estudos apontam a possibilidade de uma reação grave a cada 500.000 vacinados. Acredita-se que desde outubro de 2017 aproximadamente 1,8 milhão de pessoas na cidade de São Paulo receberam a vacina. Neste período houve 2 óbitos atribuídos à vacina, o que significa 1 reação grave para cada 900.000 pessoas.  Até a semana passada 3 pessoas no Estado morreram em consequência de reação à vacina: 2 pessoas na capital e uma pessoa em Matão, na região de São José do Rio Preto.

Trata-se de uma vacina feita com o próprio vírus da febre amarela vivo e atenuado. Por isso, em algumas pessoas a vacina pode causar a forma grave da doença, chamada de Doença Viscerotrópica Aguda (DVA).

A DVA pode ter início de 1 a 15 dias após a vacinação contra a febre amarela. O sintomas iniciais são náuseas, vômitos, cansaço, fadiga, mal estar, dificuldade para respirar, dor de cabeça e dor muscular que podem evoluir para queda de pressão, icterícia ( amarelo nos olhos e no corpo) e sinais de sangramento ou hemorragias com insuficiências hepática e renal. Este quadro é extremamente grave e pode evoluir para o óbito.

A DVA pode ocorrer em qualquer pessoa, mas os grupos de risco para a vacina seriam mais susceptíveis. Por isso a vacina deve ser aplicada com indicação e critério nas gestantes, idosos e pessoas com doenças que cursem com imunodepressão. Crianças com menos de 6 meses de idade NÃO devem receber a vacina por risco de acometimento do sistema neurológico. A vacina é importantíssima e protege a imensa maioria da população de uma doença potencialmente grave e fatal como a febre amarela. No entanto, é  importante seguir corretamente as orientações das autoridades de saúde em relação aos grupos de risco para minimizarmos, sempre que possível, os seus efeitos adversos. Fonte G1

 

 

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