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Baixada Santista. Diretor: José Faustino Neto

A triste realidade da Cracolândia que se formou na cidade de Santos

O problema das drogas em Santos

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A beleza da Cidade de Santos é incontestável. A luz do dia contrasta com as paisagens das Praias, do Centro Velho, do Centro de lazer e do azul do mar.  O problema é quando a noite cai. Passar pelas ruas do José Menino já não traz mais a sensação de segurança. São diversas luzes que correm pelo olhar a piscar, não são vagalumes, não são faróis, são as luzes dos cigarros de crack. Uma triste realidade do mundo da Cracolândia.

Imediatamente, já é possível escutar as demais pessoas que caminham por ali, lastimando a ideia daquele lugar de tantas tradições ter se tornado uma nova cracolândia. De ter se tornado um local perigoso, um ambiente pesado, que nada combina com a história da Cidade. Os comentários de que o crack está presente dia, tarde, noite e altas horas da madrugada entristece a alma de qualquer pessoa que é apaixonada por esta cidade.

Esta nova cracolândia fica na linha de trem desativada que faz a divisão entre os bairros e a 200 metros do José Menino. Segundo um morador, que não deseja se identificar, o local está sendo tomado por viciados. Estes já não se intimidam. Estão sempre por todos os cantos, sozinhos ou em grupo, sem parecerem preocupados, consumindo drogas. Cinco reais bastam para duas pedras e um cigarro aceso.

Na verdade, esta realidade não é tão nova assim. A cracolândia de Santos deu seus primeiros passos há alguns anos, debaixo de um viaduto, no Valongo, onde circulavam os primeiros viciados. Mesmo com a urbanização, o problema não foi solucionado e, em 1994, a Tribuna destacou que a equipe que atua em recuperação de dependentes químicos de Santos estava assustada com a liberdade e falta de intimidação dos usuários e traficantes.

Os dependentes químicos circulam livremente pelas ruas Gaspar Ricardo e Santa Catarina e se reunem durante a noite ao lado do Clube dos Ingleses e próximo à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, para praticarem o uso do crack.

Por enquanto, nenhuma ação da Prefeitura solucionou ou amenizou este problema. Segundo os bairristas,  é ideal uma ação conjunta com a Guarda Municipal com outros departamentos. Pois o problema cresce a cada dia e vai tomando conta de mais e mais lugares.  E a ida da polícia espanta os usuários no momento, depois o problema retorna com muito mais força.

Enquanto isto, vamos torcendo e esperando de volta a beleza e tranquilidade da Cidade de Santos e pela atenção dos responsáveis por esta lamentável situação.

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